No mundo empresarial cada vez mais as Lideranças precisam estar preparadas para trabalhar com gente, afinal não se faz nada em larga escala sem pessoas, todas as atividades de uma empresa passam na mão de pessoas, por isso que nos últimos anos o tema Empoderamento, ganhou tanto destaque na realidade das organizações, seja de qual segmento ela for.
Como uma vez disse o grande mestre da administração Jack Welch, “a estratégia de uma empresa é 10% do resultado do negócio, 90% desse resultado vem da capacidade de execução das organizações”.
Orientado ao pensamento desse grande mestre da administração o empoderamento ganhou alta relevância no mundo empresarial. Basta analisarmos quantas empresas que você conhece tem um bom modelo de negócio, estruturado, com produtos e serviços, mas ninguém dentro da sua cultura está afim de fazer acontecer, a empresa não gera resultados, não vence, ou seja, não executa seu planejamento estratégico.
Quando o tema é execução, é importante você pensar na forma como você executa e trabalhar nas suas pessoas uma cultura empoderada é o ponto central para se obter excelência da execução. Nesse contexto existe uma forma errada, uma forma comum e uma forma empoderada de trabalhar com as pessoas, veja elas:
Forma errada, estilo de gestão Dono, anos 70, “Se eu não mandar não funciona”, gera uma gestão centralizadora, autocrática, que só traz stress, sobrecarga e “climão” na cultura empesarial.
Forma comum, estilo de gestão anos 90, o Chefe. “Diga o que deve ser feito e fim”, baixa preocupação sobre como os resultados serão atingidos, utilização do termo, “dá um jeito”, passa o bastão e apenas espera a entrega.
Forma empoderada, estilo de gestão que ganhou grande relevância nos anos 2000, “Líder”, trabalha de forma participativa, envolvendo as pessoas no processo de construção da missão e do desafio, define O QUÊ e deixa o COMO na mão do time, apoiando as pessoas na rota de execução.
O termo “Empoderamento” não tem haver com apenas alocar atividades nas pessoas, nem com fazer as pessoas assumirem mais, o termo tem uma relação direta com o COMO você trabalha as suas pessoas para que elas aceitem a sua Missão na Organização e os Desafios que vêm com ela e atuem de forma proativa e com autonomia em suas responsabilidades, executando-as sem seu gestor ter que pedir.
Dessa forma o sucesso do Empoderamento como Estratégia de Gestão tem uma relação muito forte com os três pontos mencionados abaixo:
– Clareza sobre a sua missão:
Não quero dizer sobre a descrição de cargo do profissional e sim sobre como ele executa suas entregas, o que é esperado das pessoas, qual é o nível de autonomia que a empresa concebe as pessoas.
Não adianta o Líder dizer que empodera sua equipe e na prática não deixar o colaborador tomar uma decisão sem ter que submeter a sua aprovação. Educar as pessoas na Missão é definir com elas o nível de autonomia, é começar da forma certa. Muitos dos motivos pelos quais as pessoas não agem é a falta de clareza.
– Pratique uma gestão participativa:
Como Líder priorize a participação das pessoas, o que significa isso?
Pare de dizer a elas o que devem fazer e diga o que você espera delas. Utilize os processos da sua empresa, eles são seus melhores aliados no processo de autonomia das pessoas. Explique as pessoas a importância das atividades e estabeleça prazos para que as entregas sejam realizadas.
Não é suficiente apenas dizer que é urgente, é importante ou a tarefa que está crítica, em uma cultura de empoderamento tem sempre um por quê a ser explicado.
– Mantenha o foco na curva de aprendizado:
Por que o processo não é rápido, pois tudo que é rápido vem do poder, do ato de mandar e o empoderamento é autoridade, que vem da confiança e do compromisso e isso precisa ser construído nas pessoas. Principalmente se você está fazendo uma transição em sua forma de fazer a gestão.
No início as pessoas não terão as atitudes que você espera, nesse momento entra o seu trabalho de fazer provocações positivas, através de desafios e manter seu equilíbrio quando as coisas não saírem como você imagina, lembre-se de que você e sua equipe estão aprendendo juntos.
Ao longo da nossa jornada de mais de 13 anos de gestão estratégica de pessoas, já observamos gestores confundindo esse modelo de gestão como um modelo, fraco, solto ou até mesmo mole. Isso não é verdade!
Sua gestão pode continuar sendo firme nos compromissos e nos resultados e mesmo assim ser um Líder que pratica o empoderamento das suas pessoas. Mas eu nunca constatei na minha carreira de gestão de pessoas um nível de compromisso maior do que o de uma pessoa com uma situação que julga importante na sua vida e é justamente isso que uma cultura empoderada propõe.
Espero que este conteúdo apoie o seu processo de Empoderamento!