Empoderamento Feminino – Mulheres Brasileiras que ganharam o Mundo

Desde 2016 o tema Empoderamento Feminino vem ganhando espaço nas mídias e tendências mundiais, e neste ano ele é o tema principal para esta semana das mulheres.
Mulheres empreendedoras: os desafios de liderança para a figura feminina no mercado (PARTE 2)

Na semana anterior, falamos sobre os desafios da mulher enquanto figura de liderança dentro do mundo corporativo. Se você não conferiu o artigo, clique aqui e fique por dentro do tema antes de continuar sua leitura. Enquanto o primeiro texto versa sobre a escalada da mulher até os postos de liderança, este segundo se propõe a falar sobre o papel das empresas em meio à esta mudança no cenário corporativo. O quanto a sua empresa, de fato, incentiva a liderança feminina? O quanto você, empreendedor, já discutiu sobre a importância da igualdade de gênero no espaço de trabalho? Esse diálogo é muito importante pois tem atuação direta sobre a cultura da empresa, impacta a forma com a qual os colaboradores enxergam sua empresa, sua gestão e o quanto estão, de fato, satisfeitos em trabalhar ali. Antes de mais nada: observe Se você é gestor ou empreendedor e deseja fazer uma avaliação sobre como é o comportamento da empresa com relação ao incentivo à igualdade de gêneros, observe. Olhe em volta e tente entender a proporção de colaboradores de ambos os sexos, nos cargos de liderança e nos cargos com poder de tomada de decisão. Se você encontrar um espaço desarmônico, é hora de se questionar a respeito do quanto você (ou sua empresa) trabalham para incentivar a igualdade de gênero no espaço profissional. De acordo com a Valor Investe, a desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil diminuiu nos últimos anos, mas continua sendo uma diferença bastante relevante. Em 2017, por exemplo, a diferença salarial entre homens e mulheres era de 20,7%. Assustador, não é mesmo? Se você trabalha em uma empresa de médio ou grande porte, talvez não sinta essa diferença na prática. Entretanto, nas empresas menores, menos organizadas, a diferença na remuneração entre os sexos tende a ser mais escrachada. Não apenas para “elas”, mas para todos Por que esse diálogo é relevante? Segundo pesquisa feita em 2018 pela Accenture, se as empresas adotassem estratégias para estimular a igualdade de gênero, todos os funcionários ganhariam mais e teriam mais chance de promoção. Isso nos quebra um tabu importante: essa movimentação não é só para benefício das mulheres, mas em prol de todos e da própria empresa. Segundo a pesquisa, empresas que mantém ações concretas de combate à desigualdade de gênero apresentam índice de satisfação profissional de até 95%. Além disso, quase todos os funcionários (98%) querem ser promovidos. Não investir em diversidade é também um erro estratégico E não somos apenas nós que pensamos assim: a presidente para América Latina da Schneider Electric, Tania Cosentino, afirmou em entrevista para o blog da ONU que “independente do país e de sua situação econômica, é um erro estratégico não investir em diversidade. A diversidade no geral é um fator competitivo fundamental para as empresas expandiram seu tempo de vida”. Se essa movimentação, entretanto, não atingir a alta liderança, não há muito o que poderá ser feito – a movimentação pode morrer na praia rapidamente se não for uma vontade da gestão empresarial. O que fazer para promover a igualdade dentro do espaço profissional? Afinal, o que pode ser feito para incentivar a igualdade no mundo corporativo? Separamos algumas diretrizes básicas que toda empresa deve seguir se deseja se atualizar: 1. Liderança focada e destemida A liderança deve estar focada em transformar este ambiente profissional. O líder não deve ter medo de compartilhar suas metas com outros gestores e colaboradores e deve, acima de tudo, ser destemido para enfrentar os julgamentos (que, muito provavelmente, virão). 2. Ações mais amplas Não é porque o objetivo é um só que as formas de chegar até ele são limitadas a esse universo. Por exemplo, uma empresa que incentive licença paternidade para pais (não só licença maternidade, para mães), tende a tornar-se um espaço mas igualitário. Quando reconhecemos que o dever de cuidar do filho recém-nascido não é apenas da mãe, mas de ambos os pais, abrindo uma brecha na política interna da empresa para que isso de fato aconteça, estamos agindo de forma igualitária. Diversas ações como esta podem ser pensadas pela liderança da empresa, para rumar à um ambiente mais acolhedor para ambos os sexos. 3. Liberdade e flexibilidade para os colaboradores Um ambiente mais livre e flexível, que permita, por exemplo, o trabalho remoto quando for necessário ou a possibilidade de vestir-se de forma mais confortável se possível são pontos positivos para a empresa. Colaboradores mais livres sentem-se mais empoderados para desafiar-se e propor novas ideias. Esse terreno é um espaço fértil para a implementação de novas visões dentro do ambiente profissional. O que achou desse conteúdo? Quer dividir vivências ou opiniões? Deixe seu comentário aqui embaixo! Será um prazer interagir com você.
Mulheres empreendedoras: os desafios de liderança para a figura feminina no mercado (PARTE 1)

Há uma movimentação acontecendo no mundo corporativo e nós não poderíamos deixar de falar sobre isso: mulheres empreendedoras e os desafios de liderança para a figura feminina no mercado de trabalho. Este é o primeiro de dois textos que abordarão o tema. O primeiro terá o foco na Liderança Feminina e, o segundo, na postura de empreendedores e donos de negócio junto à líderes mulheres. Vamos falar melhor sobre isso: O acesso à informação A globalização trouxe a democratização das informações e, hoje, o mundo conectado dialoga mais abertamente sobre questões referentes à igualdade de gênero – não apenas no campo profissional, mas em muitos outros momentos da vida. Temas abordados em redes como o LinkedIn, por exemplo, também são termômetro para entendermos mais sobre o mundo do empreendedorismo feminino. Mulheres tornam-se CEOs de empresas do ramo automobilístico (de forma inédita!), cravam seus espaços em universos predominantemente masculinos e, assim, quebram padrões historicamente estabelecidos. Isso é significante de muitas formas e levanta também a bola na rede: mulheres na liderança são uma realidade na sua empresa? Neste texto, vamos falar sobre este cenário, sobre os desafios da figura feminina de liderança e sobre o papel do homem nessa movimentação. Cenário no Brasil Segundo pesquisa intitulada “Atitudes Globais pela Igualdade de Gênero”, publicada pela Ipsos (empresa de pesquisa e de inteligência de mercado), três em cada 10 pessoas no Brasil – o equivalente a 27% dos entrevistados) admitem sentir desconforto em ter uma chefe mulher. Não são apenas homens que contribuem para esse número: 31% dos homens entrevistados pela empresa afirmaram ser resistentes à figura feminina na liderança, mas 24% das mulheres abordadas também pensam dessa forma. Os dados nos revelam duas coisas: a primeira delas é que a resistência a ter uma chefe mulher existe, de fato, afastando-se do “achismo” popular. A segunda delas é que esse pensamento não vem apenas do sexo oposto, mas está presente na sociedade como um todo. Propomos uma rápida reflexão: sua empresa possui muitas mulheres em posto de liderança? Se a resposta for sim e se a proporção é igual ou maior entre os sexos, saiba que esse espaço é uma exceção à regra no País. Esse cenário costuma ser ainda pior em países cuja cultura é mais tradicionalista e o acesso à informação, menor – como a Índia e a Coréia do Sul, por exemplo. O nosso papel Como, então, contribuir para a redução dessa desigualdade? Como tornar-se um agente facilitador dessa mudança? Se você é mulher e busca um espaço de liderança no seu ambiente profissional, vai encontrar muito esclarecimento neste texto. Se você é subordinado de uma mulher na liderança, também! Se você é empreendedor e seleciona profissionais para seus cargos de gestão, muito poderá aproveitar desse conteúdo! Vamos agora abordar as ações que podemos colocar em prática para construir uma cultura organizacional mais inclusiva para as mulheres, menos retrógradas e mais inteligentes: Se você é uma mulher que lidera pessoas Se você é uma figura feminina na liderança, provavelmente conseguiu relacionar os dados abordados neste texto com uma ou mais situação vivida por alguém conhecido ou por si própria durante sua trajetória profissional. Separamos algumas dicas para te ajudar a conduzir a situação: 1-Confie no seu trabalho Se o seu ambiente profissional é relutante em aceitar mulheres em posição de liderança, provavelmente você terá seu potencial questionado em algum momento do percurso. Esperamos que isso não aconteça no futuro (ou que já tenha acontecido no passado), mas sabemos que, na prática, isso acontece. Se você se ver diminuída de alguma forma, não deixe que as críticas abalem o seu posicionamento. Confie em si mesma, confie no potencial que tem para tomar decisões de forma assertiva e prove-os o contrário do que pensam sobre você. A postura profissional se mostra necessária também para não entrar em discussões ou entrar em conflitos com outros membros da equipe. Treine o seu psicológico para manter-se fora de tais situações! Receber aconselhamento ou mentoria profissional também é de grande ajuda para te ajudar a passar por essa fase. 2- Reporte situações desagradáveis aos seus superiores Apesar de lutar para não deixar que sua confiança seja abalada, qualquer situação que te faça sentir desconfortável deve ser reportada aos seus superiores. Se você trabalha em um espaço profissional com bons níveis de cultura organizacional, sabe o quanto a satisfação pessoal e o sentimento de acolhimento são importantes para garantir uma vida profissional sadia. Nenhum colaborador deveria sentir-se inferiorizado em seu local de trabalho – especialmente por ser mulher. Estabeleça uma ponte de diálogo com seus superiores e colegas e certifique-se de que existe a liberdade para expressão de tais sentimentos (não apenas de sua parte, mas do corpo de colaboradores como um todo, certo?). Afinal, liderar também é assumir a frente de assuntos importantes como este, menos que algumas pautas ainda sejam tabus para muitas pessoas. Com cautela e respeito, mas sem intimidar-se, você pode mudar ambientes e culturas empresariais! 3-Inspire outras mulheres Se você é uma mulher líder, saiba que é um exemplo para outras mulheres – não apenas na empresa que você trabalha, mas à todas aquelas que convivem com você. A forma com a qual você conduz situações, toma decisões e atua sobre a carreira das pessoas que estão sobre seu comando é uma inspiração para que outras mulheres acreditem em seu potencial também! Saber disso é um incentivo pessoal e também uma grande responsabilidade. Não tenha medo de assumir essa posição! Afinal, ser líder é sobre aprender constantemente por meio das situações e desafios que lhes é imposto, certo? Considere esta responsabilidade um “gás extra” para melhorar ainda mais, crescer enquanto pessoa e profissional. Esse é o primeiro de dois textos nos quais abordaremos o assunto! O que achou desse conteúdo? Deixe sua opinião ou experiências vivenciadas nos comentários!